Publicação: quarta-feira, 16 de agosto de 2017
Diário da Justiça Eletrônico - Caderno Judicial - 2ª Instância
Campo Grande, Ano XVII - Edição 3862
73
E M E N T A - APELAÇÃO CRIMINAL - ROUBO - AUSÊNCIA DE PROVAS À CONDENAÇÃO - REJEITADA - CONJUNTO
PROBATÓRIO CONSISTENTE - REDUÇÃO DA PENA - INDEVIDA - CRITÉRIO RAZOÁVEL ADOTADO PELO JULGADOR ABRANDAMENTO DO REGIME PRISIONAL FECHADO - INAPLICÁVEL - REINCIDÊNCIA ESPECÍFICA - ALEGAÇÃO DE BIS
IN IDEM - REJEITADA - PREQUESTIONAMENTO - DESNECESSÁRIA MANIFESTAÇÃO EXPRESSA SOBRE DISPOSITIVOS
APONTADOS - RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO, COM O PARECER. Despontando do caderno processual elementos
de convicção que dissipam qualquer dúvida acerca do comportamento doloso imputado, voltado à subtração mediante grave
ameaça e violência física à pessoa, não há falar em ausência de provas suficientes à condenação. Apesar de inexistir no
ordenamento jurídico pátrio especificação alusiva ao acréscimo decorrente da incidência de agravantes, adota-se como
mais adequado o patamar de 1/6, por tratar-se do menor índice estipulado pela Lei Penal. Inexiste bis in idem na valoração
da reincidência para o aumento de pena e para justificar regime mais gravoso, pois as finalidades são distintas e o proceder
ocorre em momentos diferentes da dosimetria penal, afigurando-se vedado apenas o duplo aumento de pena pelo mesmo
fato, enfim, hipótese diversa da enfocada. Verificando-se que a reincidência do acusado é específica, a delinear acentuada
periculosidade e reprovabilidade mais intensa da conduta, e que a pena anterior não se revelou suficiente à ressocialização
e à reeducação almejadas, persistindo o perfil agressivo, o regime prisional inicial mais gravoso é cabível. É assente
na jurisprudência que, se o julgador aprecia integralmente as matérias que lhe são submetidas, se torna despicienda a
manifestação expressa acerca de dispositivos legais utilizados pelas partes como sustentáculo às suas pretensões. A C
Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os juízes da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, na
conformidade da ata de julgamentos, por unanimidade, negar provimento ao recurso.
Apelação nº 0002001-86.2012.8.12.0014
Comarca de Maracaju - 2ª Vara
Relator(a): Des. Luiz Claudio Bonassini da Silva
Apelante : José Antonio de Oliveira
DPGE - 1ª Inst. : Graziele Carra Dias Ocáriz (OAB: 898237/DP)
Apelante : Ministério Público Estadual
Prom. Justiça : Estefano Rocha Rodrigues da Silva
Apelante : Dinai Martins Freitas
Advogado : Ricardo Rezende Rocha (OAB: 100942/MG)
Advogado : Marcela de Andrade Freitas Rocha (OAB: 137474/MG)
Apelante : Gledson de Almeida Silva
Advogado : Ricardo Rezende Rocha (OAB: 100942/MG)
Advogado : Marcela de Andrade Freitas Rocha (OAB: 137474/MG)
Apelante : Edilton Alves da Silva
Advogado : Ricardo Rezende Rocha (OAB: 100942/MG)
Advogado : Marcela de Andrade Freitas Rocha (OAB: 137474/MG)
Apelante : Valdeci Francisco Lacerda Junior
Advogado : Ricardo Rezende Rocha (OAB: 100942/MG)
Advogado : Marcela de Andrade Freitas Rocha (OAB: 137474/MG)
Apelante : Robson Rogerio Alves dos Santos
Advogado : Ricardo Rezende Rocha (OAB: 100942/MG)
Advogado : Marcela de Andrade Freitas Rocha (OAB: 137474/MG)
Apelado : Ministério Público Estadual
Prom. Justiça : Estefano Rocha Rodrigues da Silva
Prom. Justiça : Simone Almada Góes
Apelado : Robson Rogerio Alves dos Santos
Advogado : Ricardo Rezende Rocha (OAB: 100942/MG)
Advogado : Marcela de Andrade Freitas Rocha (OAB: 137474/MG)
Apelado : Valdeci Francisco Lacerda Junior
Advogado : Ricardo Rezende Rocha (OAB: 100942/MG)
Advogado : Marcela de Andrade Freitas Rocha (OAB: 137474/MG)
Apelado : Edilton Alves da Silva
Advogado : Ricardo Rezende Rocha (OAB: 100942/MG)
Advogado : Marcela de Andrade Freitas Rocha (OAB: 137474/MG)
Apelado : Gledson de Almeida Silva
Advogado : Ricardo Rezende Rocha (OAB: 100942/MG)
Advogado : Marcela de Andrade Freitas Rocha (OAB: 137474/MG)
Apelado : Dinai Martins Freitas
Advogado : Ricardo Rezende Rocha (OAB: 100942/MG)
Advogado : Marcela de Andrade Freitas Rocha (OAB: 137474/MG)
Apelado : José Antonio de Oliveira
DPGE - 1ª Inst. : Graziele Carra Dias Ocáriz (OAB: 898237/DP)
E M E N T A - APELAÇÃO CRIMINAL - TRÁFICO DE DROGAS - ART. 33 DA LEI Nº 11.343/06 - RECURSO DEFENSIVO CONFISSÃO EXTRAJUDICIAL RETRATADA - ALEGAÇÃO DE TORTURA - PROVA EM SENTIDO CONTRÁRIO - DEPOIMENTO
DE POLICIAIS - CONFIRMAÇÃO EM JUÍZO - COERÊNCIA COM OUTROS ELEMENTOS DE PROVA - VALIDADE INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 155 DO CPP. PROVA SEGURA DA PARTICIPAÇÃO DOS RECORRENTES - CONDENAÇÃO
CONFIRMADA. DESCLASSIFICAÇÃO PARA O ART. 28 DA LEI Nº 11.343/06 - TRANSPORTE DE 237 KG DE MACONHA - ART.
156 DO CPP - PROVAS SEGURAS DA DESTINAÇÃO COMERCIAL - IMPOSSIBILIDADE. PENA-BASE - CIRCUNSTÂNCIAS
JUDICIAIS - ART. 59 DO CÓDIGO PENAL E 42 DA LEI Nº 11.343/06 - TRANSPORTE DE 237 QUILOS DE MACONHA PREPONDEERANTE DA QUANTIDADE BEM VALORADA - RECRUDESCIMENTO IMPOSITIVO. DECRETO DE PERDIMENTO
DE VEÍCULOS EMPREGADOS NO TRÁFICO E DE VALORES ORIUNDOS DO CRIME - DECISÃO ESCORREITA - ARTIGOS 60
E 63 DA LEI Nº 11.343/06. RECURSO DESPROVIDO. I - A confissão extrajudicial de 05 (cinco) acusados, ainda que retratada,
merece crédito quando confirmada em juízo por outros elementos de prova, inclusive por laudos de exame de corpo de delito
Publicação Oficial do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul - Lei Federal nº 11.419/06, art. 4º.